Metástases cerebrais em câncer de mama HER2-Positivo
Metástases cerebrais em câncer de mama HER2-Positivo
Metástases cerebrais em câncer de mama HER2-Positivo
A ocorrência de metástases cerebrais é um evento que limita a sobrevida nas pacientes com câncer de mama.
Para tumores de mama HER2-positivos, há uma chance cinco vezes maior de desenvolver metástases cerebrais, comparativamente aos tumores luminais, estimando-se que cerca de 50% delas apresentarão esse tipo de metástase durante o curso de sua doença.
O melhor controle da doença HER2-positiva fora do sistema nervoso central, com os bloqueadores HER2, não foi acompanhado na mesma magnitude da possiblidade de controle das metástases cerebrais. Mais recentemente, alguns agentes demonstraram algum grau de atividade nas metástases cerebrais, mas o tratamento localizado cerebral, seja por cirurgia ou radioterapia, ainda é a recomendação das diretrizes de tratamento.
O tratamento inicial das metástases cerebrais inclui terapia local, como a ressecção cirúrgica, radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia crânio total, decidida de forma particularizada pelo radioterapeuta, neurocirurgião e oncologista clínico. A decisão multidisciplinar, levando-se em consideração o momento de aparecimento das metástases, os tratamentos prévios realizados e as opções futuras de tratamento, é imprescindível. Apesar do tratamento, a progressão intracraniana geralmente ocorre em seis a 12 meses.Estudos de vida real, como o aqui discutido, analisam o impacto do desenvolvimento de metástases cerebrais em população de locais onde o acesso às mais recentes terapias HER2 não estão plenamente disponíveis. Um total de 102 pacientes foram incluídas no estudo, das quais cerca de 60% receberam uma linha, e, pouco mais de 13%, duas linhas de tratamento, antes do aparecimento de metástases cerebrais.
A grande maioria foi das metástases cerebrais foram diagnosticadas após sintomas, sendo metástases múltiplas em ¾ dos casos. Somente 9% das pacientes realizou ressecção cirúrgica e 100% recebeu radioterapia. A primeira terapia direcionada ao HER2 após metástase cerebral foi Lapatinibe em 71 (68,6%), Trastuzumabe em 19 (18,6%), Lapatinibe e Trastuzumabe em três (2,9%), Trastuzumabe Emtansina em quatro (3,9%) e Trastuzumabe Intratecal em cinco (4,9%) pacientes. A mediana de sobrevida livre de progressão foi de oito meses e a de sobrevida global alcançou 14 meses, com 25% das pacientes vivas em dois anos. A barreira hematoencefálica íntegra reduz a capacidade de penetração do Trastuzumabe no tecido cerebral, mas após ruptura dessa barreira, seja pelo próprio tumor ou intervenções locais, a penetração da droga é possível. Algumas drogas mais recentes utilizadas para tratamento de neoplasia de mama HER2 metastática mostraram uma ação em metástases de sistema nervoso central.Até o momento, não há evidência que determine que os procedimentos locais em metástases cerebrais de câncer de mama HER2-positivos possam ser dispensados, mesmo com medicações mais recentes. Esforços em identificar pacientes em risco de metástases cerebrais, valorização de queixas e anamnese ativa sobre sintomas cerebrais deve fazer parte dos cuidados de pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Bhargava P, Rathnasamy N, Shenoy R, Gulia S, Bajpai J, Ghosh J, Rath S, Budrukkar A, Shet T, Patil A, Desai S, Nair N, Joshi S, Popat P, Wadasadawala T, Pathak R, Sarin R, Kannan S, Badwe R, Gupta S. Clinical Profile and Outcome of Patients With Human Epidermal Growth Factor Receptor 2-Positive Breast Cancer With Brain Metastases: Real-World Experience. JCO Glob Oncol. 2022 Sep;8:e2200126. 2. Lüftner D, Fasching PA, Haidinger R, Harbeck N, Jackisch C, Müller V, Schumacher-Wulf E, Thomssen C, Untch M, Würstlein R. ABC6 Consensus: Assessment by a Group of German Experts. Breast Care (Basel). 2022 Feb;17(1):90-100.
Dra. Solange Sanches
Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center
A ocorrência de metástases cerebrais é um evento que limita a sobrevida nas pacientes com câncer de mama.
Para tumores de mama HER2-positivos, há uma chance cinco vezes maior de desenvolver metástases cerebrais, comparativamente aos tumores luminais, estimando-se que cerca de 50% delas apresentarão esse tipo de metástase durante o curso de sua doença.
O melhor controle da doença HER2-positiva fora do sistema nervoso central, com os bloqueadores HER2, não foi acompanhado na mesma magnitude da possiblidade de controle das metástases cerebrais. Mais recentemente, alguns agentes demonstraram algum grau de atividade nas metástases cerebrais, mas o tratamento localizado cerebral, seja por cirurgia ou radioterapia, ainda é a recomendação das diretrizes de tratamento.
O tratamento inicial das metástases cerebrais inclui terapia local, como a ressecção cirúrgica, radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia crânio total, decidida de forma particularizada pelo radioterapeuta, neurocirurgião e oncologista clínico. A decisão multidisciplinar, levando-se em consideração o momento de aparecimento das metástases, os tratamentos prévios realizados e as opções futuras de tratamento, é imprescindível. Apesar do tratamento, a progressão intracraniana geralmente ocorre em seis a 12 meses.Estudos de vida real, como o aqui discutido, analisam o impacto do desenvolvimento de metástases cerebrais em população de locais onde o acesso às mais recentes terapias HER2 não estão plenamente disponíveis. Um total de 102 pacientes foram incluídas no estudo, das quais cerca de 60% receberam uma linha, e, pouco mais de 13%, duas linhas de tratamento, antes do aparecimento de metástases cerebrais.
A grande maioria foi das metástases cerebrais foram diagnosticadas após sintomas, sendo metástases múltiplas em ¾ dos casos. Somente 9% das pacientes realizou ressecção cirúrgica e 100% recebeu radioterapia. A primeira terapia direcionada ao HER2 após metástase cerebral foi Lapatinibe em 71 (68,6%), Trastuzumabe em 19 (18,6%), Lapatinibe e Trastuzumabe em três (2,9%), Trastuzumabe Emtansina em quatro (3,9%) e Trastuzumabe Intratecal em cinco (4,9%) pacientes. A mediana de sobrevida livre de progressão foi de oito meses e a de sobrevida global alcançou 14 meses, com 25% das pacientes vivas em dois anos. A barreira hematoencefálica íntegra reduz a capacidade de penetração do Trastuzumabe no tecido cerebral, mas após ruptura dessa barreira, seja pelo próprio tumor ou intervenções locais, a penetração da droga é possível. Algumas drogas mais recentes utilizadas para tratamento de neoplasia de mama HER2 metastática mostraram uma ação em metástases de sistema nervoso central.Até o momento, não há evidência que determine que os procedimentos locais em metástases cerebrais de câncer de mama HER2-positivos possam ser dispensados, mesmo com medicações mais recentes. Esforços em identificar pacientes em risco de metástases cerebrais, valorização de queixas e anamnese ativa sobre sintomas cerebrais deve fazer parte dos cuidados de pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Bhargava P, Rathnasamy N, Shenoy R, Gulia S, Bajpai J, Ghosh J, Rath S, Budrukkar A, Shet T, Patil A, Desai S, Nair N, Joshi S, Popat P, Wadasadawala T, Pathak R, Sarin R, Kannan S, Badwe R, Gupta S. Clinical Profile and Outcome of Patients With Human Epidermal Growth Factor Receptor 2-Positive Breast Cancer With Brain Metastases: Real-World Experience. JCO Glob Oncol. 2022 Sep;8:e2200126. 2. Lüftner D, Fasching PA, Haidinger R, Harbeck N, Jackisch C, Müller V, Schumacher-Wulf E, Thomssen C, Untch M, Würstlein R. ABC6 Consensus: Assessment by a Group of German Experts. Breast Care (Basel). 2022 Feb;17(1):90-100.
Dra. Solange Sanches
Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center
A ocorrência de metástases cerebrais é um evento que limita a sobrevida nas pacientes com câncer de mama.
Para tumores de mama HER2-positivos, há uma chance cinco vezes maior de desenvolver metástases cerebrais, comparativamente aos tumores luminais, estimando-se que cerca de 50% delas apresentarão esse tipo de metástase durante o curso de sua doença.
O melhor controle da doença HER2-positiva fora do sistema nervoso central, com os bloqueadores HER2, não foi acompanhado na mesma magnitude da possiblidade de controle das metástases cerebrais. Mais recentemente, alguns agentes demonstraram algum grau de atividade nas metástases cerebrais, mas o tratamento localizado cerebral, seja por cirurgia ou radioterapia, ainda é a recomendação das diretrizes de tratamento.
O tratamento inicial das metástases cerebrais inclui terapia local, como a ressecção cirúrgica, radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia crânio total, decidida de forma particularizada pelo radioterapeuta, neurocirurgião e oncologista clínico. A decisão multidisciplinar, levando-se em consideração o momento de aparecimento das metástases, os tratamentos prévios realizados e as opções futuras de tratamento, é imprescindível. Apesar do tratamento, a progressão intracraniana geralmente ocorre em seis a 12 meses.Estudos de vida real, como o aqui discutido, analisam o impacto do desenvolvimento de metástases cerebrais em população de locais onde o acesso às mais recentes terapias HER2 não estão plenamente disponíveis. Um total de 102 pacientes foram incluídas no estudo, das quais cerca de 60% receberam uma linha, e, pouco mais de 13%, duas linhas de tratamento, antes do aparecimento de metástases cerebrais.
A grande maioria foi das metástases cerebrais foram diagnosticadas após sintomas, sendo metástases múltiplas em ¾ dos casos. Somente 9% das pacientes realizou ressecção cirúrgica e 100% recebeu radioterapia. A primeira terapia direcionada ao HER2 após metástase cerebral foi Lapatinibe em 71 (68,6%), Trastuzumabe em 19 (18,6%), Lapatinibe e Trastuzumabe em três (2,9%), Trastuzumabe Emtansina em quatro (3,9%) e Trastuzumabe Intratecal em cinco (4,9%) pacientes. A mediana de sobrevida livre de progressão foi de oito meses e a de sobrevida global alcançou 14 meses, com 25% das pacientes vivas em dois anos. A barreira hematoencefálica íntegra reduz a capacidade de penetração do Trastuzumabe no tecido cerebral, mas após ruptura dessa barreira, seja pelo próprio tumor ou intervenções locais, a penetração da droga é possível. Algumas drogas mais recentes utilizadas para tratamento de neoplasia de mama HER2 metastática mostraram uma ação em metástases de sistema nervoso central.Até o momento, não há evidência que determine que os procedimentos locais em metástases cerebrais de câncer de mama HER2-positivos possam ser dispensados, mesmo com medicações mais recentes. Esforços em identificar pacientes em risco de metástases cerebrais, valorização de queixas e anamnese ativa sobre sintomas cerebrais deve fazer parte dos cuidados de pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Bhargava P, Rathnasamy N, Shenoy R, Gulia S, Bajpai J, Ghosh J, Rath S, Budrukkar A, Shet T, Patil A, Desai S, Nair N, Joshi S, Popat P, Wadasadawala T, Pathak R, Sarin R, Kannan S, Badwe R, Gupta S. Clinical Profile and Outcome of Patients With Human Epidermal Growth Factor Receptor 2-Positive Breast Cancer With Brain Metastases: Real-World Experience. JCO Glob Oncol. 2022 Sep;8:e2200126. 2. Lüftner D, Fasching PA, Haidinger R, Harbeck N, Jackisch C, Müller V, Schumacher-Wulf E, Thomssen C, Untch M, Würstlein R. ABC6 Consensus: Assessment by a Group of German Experts. Breast Care (Basel). 2022 Feb;17(1):90-100.
Dra. Solange Sanches
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A ocorrência de metástases cerebrais é um evento que limita a sobrevida nas pacientes com câncer de mama.
Para tumores de mama HER2-positivos, há uma chance cinco vezes maior de desenvolver metástases cerebrais, comparativamente aos tumores luminais, estimando-se que cerca de 50% delas apresentarão esse tipo de metástase durante o curso de sua doença.
O melhor controle da doença HER2-positiva fora do sistema nervoso central, com os bloqueadores HER2, não foi acompanhado na mesma magnitude da possiblidade de controle das metástases cerebrais. Mais recentemente, alguns agentes demonstraram algum grau de atividade nas metástases cerebrais, mas o tratamento localizado cerebral, seja por cirurgia ou radioterapia, ainda é a recomendação das diretrizes de tratamento.
O tratamento inicial das metástases cerebrais inclui terapia local, como a ressecção cirúrgica, radiocirurgia estereotáxica ou radioterapia crânio total, decidida de forma particularizada pelo radioterapeuta, neurocirurgião e oncologista clínico. A decisão multidisciplinar, levando-se em consideração o momento de aparecimento das metástases, os tratamentos prévios realizados e as opções futuras de tratamento, é imprescindível. Apesar do tratamento, a progressão intracraniana geralmente ocorre em seis a 12 meses.Estudos de vida real, como o aqui discutido, analisam o impacto do desenvolvimento de metástases cerebrais em população de locais onde o acesso às mais recentes terapias HER2 não estão plenamente disponíveis. Um total de 102 pacientes foram incluídas no estudo, das quais cerca de 60% receberam uma linha, e, pouco mais de 13%, duas linhas de tratamento, antes do aparecimento de metástases cerebrais.
A grande maioria foi das metástases cerebrais foram diagnosticadas após sintomas, sendo metástases múltiplas em ¾ dos casos. Somente 9% das pacientes realizou ressecção cirúrgica e 100% recebeu radioterapia. A primeira terapia direcionada ao HER2 após metástase cerebral foi Lapatinibe em 71 (68,6%), Trastuzumabe em 19 (18,6%), Lapatinibe e Trastuzumabe em três (2,9%), Trastuzumabe Emtansina em quatro (3,9%) e Trastuzumabe Intratecal em cinco (4,9%) pacientes. A mediana de sobrevida livre de progressão foi de oito meses e a de sobrevida global alcançou 14 meses, com 25% das pacientes vivas em dois anos. A barreira hematoencefálica íntegra reduz a capacidade de penetração do Trastuzumabe no tecido cerebral, mas após ruptura dessa barreira, seja pelo próprio tumor ou intervenções locais, a penetração da droga é possível. Algumas drogas mais recentes utilizadas para tratamento de neoplasia de mama HER2 metastática mostraram uma ação em metástases de sistema nervoso central.Até o momento, não há evidência que determine que os procedimentos locais em metástases cerebrais de câncer de mama HER2-positivos possam ser dispensados, mesmo com medicações mais recentes. Esforços em identificar pacientes em risco de metástases cerebrais, valorização de queixas e anamnese ativa sobre sintomas cerebrais deve fazer parte dos cuidados de pacientes com câncer de mama.
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© 2024 Bionovis. Companhia Brasileira de Biotecnologia Farmacêutica.
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