Atividade física em pacientes com câncer
Atividade física em pacientes com câncer
Atividade física em pacientes com câncer
Uma artigo publicado em 2021 no conceituado Journal of National Cancer Institute, abordou o impacto em sobrevida da prática de exercícios em pacientes com câncer de mama de alto risco. Trata-se de um estudo prospectivo, em que 1340 pacientes foram categorizadas de acordo com a pratica de atividade física pelas Diretrizes de Atividade Física para Americanos como inativas (sem atividade física regular), pouco ativas (alguma atividade, aquém dos 150 minutos semanais de atividade moderada a intensa recomendados), moderadamente ativas ( 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana) e altamente ativas ( mais de 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana). Os dados foram coletados ao diagnóstico, durante tratamento e após 1 e 2 anos do diagnóstico. A maior parte das evidências do exercício físico sobre a evolução do câncer de mama vem de informações coletadas em um momento único e um grande diferencial deste estudo é justamente os múltiplos momentos de coleta de dados.
Os resultados mostraram que as pacientes com atividade física dentro da recomendação mínima antes e 1 ano após o diagnóstico experimentaram reduções estatisticamente significativas nos riscos de recorrência (redução de 41%) e mortalidade (redução de 49%). Pacientes sem atividade física ao diagnóstico, mas que aderem às recomendações de atividade física, mantendo-as em 2 anos apresentam também redução de risco de recidiva (46%) e de morte (43%). Observa-se uma maior redução de mortalidade para o grupo altamente ativo (69%), embora os moderadamente ativos também apresentem redução significativa da mortalidade (58%) e mesmo os com menor atividade (59%).
Como conclusão, indica-se que o estímulo à atividade física deve ser implementado para estas pacientes, e embora haja uma relação entre redução de mortalidade e intensidade do exercício, observa-se que qualquer grau de atividade favorece os desfechos de sobrevida. Um programa de duração regular e estendida parece ser o ideal para as pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Desenvolver estratégias de estímulo e manutenção da atividade física é um desafio e deve fazer parte dos programas de tratamento do câncer de mama.
Acompanhar a aderência à atividade física não é uma tarefa simples e muitos vieses podem ocorrer nestas análises, porém os resultados na saúde global, refletindo-se nas taxas de mortalidade embasam a recomendação de estímulo à atividade física para pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Cannioto RA, Hutson A, Dighe S, McCann W, McCann SE, Zirpoli GR, Barlow W, Kelly KM, DeNysschen CA, Hershman DL, Unger JM, Moore HCF, Stewart JA, Isaacs C, Hobday TJ, Salim M, Hortobagyi GN, Gralow JR, Albain KS, Budd GT, Ambrosone CB. Physical Activity Before, During, and After Chemotherapy for High-Risk Breast Cancer: Relationships With Survival. J Natl Cancer Inst. 2021 Jan 4;113(1):54-63. doi: 10.1093/jnci/djaa046. PMID: 32239145; PMCID: PMC7781460. 2. USDHHS. 2018 Physical Activity Guidelines for Americans. Washington, DC: Office of Disease Prevention and Health Promotion; 2018.
Dra. Solange Sanches
Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center
Uma artigo publicado em 2021 no conceituado Journal of National Cancer Institute, abordou o impacto em sobrevida da prática de exercícios em pacientes com câncer de mama de alto risco. Trata-se de um estudo prospectivo, em que 1340 pacientes foram categorizadas de acordo com a pratica de atividade física pelas Diretrizes de Atividade Física para Americanos como inativas (sem atividade física regular), pouco ativas (alguma atividade, aquém dos 150 minutos semanais de atividade moderada a intensa recomendados), moderadamente ativas ( 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana) e altamente ativas ( mais de 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana). Os dados foram coletados ao diagnóstico, durante tratamento e após 1 e 2 anos do diagnóstico. A maior parte das evidências do exercício físico sobre a evolução do câncer de mama vem de informações coletadas em um momento único e um grande diferencial deste estudo é justamente os múltiplos momentos de coleta de dados.
Os resultados mostraram que as pacientes com atividade física dentro da recomendação mínima antes e 1 ano após o diagnóstico experimentaram reduções estatisticamente significativas nos riscos de recorrência (redução de 41%) e mortalidade (redução de 49%). Pacientes sem atividade física ao diagnóstico, mas que aderem às recomendações de atividade física, mantendo-as em 2 anos apresentam também redução de risco de recidiva (46%) e de morte (43%). Observa-se uma maior redução de mortalidade para o grupo altamente ativo (69%), embora os moderadamente ativos também apresentem redução significativa da mortalidade (58%) e mesmo os com menor atividade (59%).
Como conclusão, indica-se que o estímulo à atividade física deve ser implementado para estas pacientes, e embora haja uma relação entre redução de mortalidade e intensidade do exercício, observa-se que qualquer grau de atividade favorece os desfechos de sobrevida. Um programa de duração regular e estendida parece ser o ideal para as pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Desenvolver estratégias de estímulo e manutenção da atividade física é um desafio e deve fazer parte dos programas de tratamento do câncer de mama.
Acompanhar a aderência à atividade física não é uma tarefa simples e muitos vieses podem ocorrer nestas análises, porém os resultados na saúde global, refletindo-se nas taxas de mortalidade embasam a recomendação de estímulo à atividade física para pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Cannioto RA, Hutson A, Dighe S, McCann W, McCann SE, Zirpoli GR, Barlow W, Kelly KM, DeNysschen CA, Hershman DL, Unger JM, Moore HCF, Stewart JA, Isaacs C, Hobday TJ, Salim M, Hortobagyi GN, Gralow JR, Albain KS, Budd GT, Ambrosone CB. Physical Activity Before, During, and After Chemotherapy for High-Risk Breast Cancer: Relationships With Survival. J Natl Cancer Inst. 2021 Jan 4;113(1):54-63. doi: 10.1093/jnci/djaa046. PMID: 32239145; PMCID: PMC7781460. 2. USDHHS. 2018 Physical Activity Guidelines for Americans. Washington, DC: Office of Disease Prevention and Health Promotion; 2018.
Dra. Solange Sanches
Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center
Uma artigo publicado em 2021 no conceituado Journal of National Cancer Institute, abordou o impacto em sobrevida da prática de exercícios em pacientes com câncer de mama de alto risco. Trata-se de um estudo prospectivo, em que 1340 pacientes foram categorizadas de acordo com a pratica de atividade física pelas Diretrizes de Atividade Física para Americanos como inativas (sem atividade física regular), pouco ativas (alguma atividade, aquém dos 150 minutos semanais de atividade moderada a intensa recomendados), moderadamente ativas ( 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana) e altamente ativas ( mais de 150 minutos de atividade moderada a intensa por semana). Os dados foram coletados ao diagnóstico, durante tratamento e após 1 e 2 anos do diagnóstico. A maior parte das evidências do exercício físico sobre a evolução do câncer de mama vem de informações coletadas em um momento único e um grande diferencial deste estudo é justamente os múltiplos momentos de coleta de dados.
Os resultados mostraram que as pacientes com atividade física dentro da recomendação mínima antes e 1 ano após o diagnóstico experimentaram reduções estatisticamente significativas nos riscos de recorrência (redução de 41%) e mortalidade (redução de 49%). Pacientes sem atividade física ao diagnóstico, mas que aderem às recomendações de atividade física, mantendo-as em 2 anos apresentam também redução de risco de recidiva (46%) e de morte (43%). Observa-se uma maior redução de mortalidade para o grupo altamente ativo (69%), embora os moderadamente ativos também apresentem redução significativa da mortalidade (58%) e mesmo os com menor atividade (59%).
Como conclusão, indica-se que o estímulo à atividade física deve ser implementado para estas pacientes, e embora haja uma relação entre redução de mortalidade e intensidade do exercício, observa-se que qualquer grau de atividade favorece os desfechos de sobrevida. Um programa de duração regular e estendida parece ser o ideal para as pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Desenvolver estratégias de estímulo e manutenção da atividade física é um desafio e deve fazer parte dos programas de tratamento do câncer de mama.
Acompanhar a aderência à atividade física não é uma tarefa simples e muitos vieses podem ocorrer nestas análises, porém os resultados na saúde global, refletindo-se nas taxas de mortalidade embasam a recomendação de estímulo à atividade física para pacientes com câncer de mama.
Referências
1. Cannioto RA, Hutson A, Dighe S, McCann W, McCann SE, Zirpoli GR, Barlow W, Kelly KM, DeNysschen CA, Hershman DL, Unger JM, Moore HCF, Stewart JA, Isaacs C, Hobday TJ, Salim M, Hortobagyi GN, Gralow JR, Albain KS, Budd GT, Ambrosone CB. Physical Activity Before, During, and After Chemotherapy for High-Risk Breast Cancer: Relationships With Survival. J Natl Cancer Inst. 2021 Jan 4;113(1):54-63. doi: 10.1093/jnci/djaa046. PMID: 32239145; PMCID: PMC7781460. 2. USDHHS. 2018 Physical Activity Guidelines for Americans. Washington, DC: Office of Disease Prevention and Health Promotion; 2018.
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Os resultados mostraram que as pacientes com atividade física dentro da recomendação mínima antes e 1 ano após o diagnóstico experimentaram reduções estatisticamente significativas nos riscos de recorrência (redução de 41%) e mortalidade (redução de 49%). Pacientes sem atividade física ao diagnóstico, mas que aderem às recomendações de atividade física, mantendo-as em 2 anos apresentam também redução de risco de recidiva (46%) e de morte (43%). Observa-se uma maior redução de mortalidade para o grupo altamente ativo (69%), embora os moderadamente ativos também apresentem redução significativa da mortalidade (58%) e mesmo os com menor atividade (59%).
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