Até que idade as mulheres deve realizar mamografia?

Até que idade as mulheres deve realizar mamografia?

Até que idade as mulheres deve realizar mamografia?

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Até que idade as mulheres deve realizar mamografia?

O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que sejam submetidas à mamografia mulheres entre os 50 e 69 anos.


Assistimos a um aumento na expectativa de vida da população, que pode se manter muito ativa, apesar da idade. Sociedades como a Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) orientam que se leve em consideração a expectativa de vida da mulher para a manutenção dos exames de rastreamento ao invés do corte fixo na idade biológica. Assim, mulheres com expectativa de vida maior que 10 anos deveriam manter seus exames de rastreamento, independentemente da idade cronológica.


O estudo a ser comentado analisou a associação entre a densidade mamária e o risco de câncer invasivo em mulheres com idade superior a 65 anos, visto que essa associação já foi realizada em mulheres entre os 45 e 65 anos. Foram analisadas 221.714 mamografias de 193.787 pacientes divididas em grupos de 65-74 anos e maiores de 75 anos.


A incidência cumulativa de câncer de mama invasivo em cinco anos aumentou de acordo com a densidade mamária nas mulheres entre 65-74 anos, indo de 11,3/ 1000 mulheres para as com substituição adiposa completa até 23,7/ 1000 mulheres nas de mamas extremamente densas. Nas mulheres com mais de 75 anos, as taxas foram de 13,5/1000 mulheres naquelas com substituição adiposa completa, com aumento gradativo, chegando a 22,5/1000 mulheres nas de densidade extremamente alta ou heterogeneamente densas.


Mulheres com mamas extremamente ou heterogeneamente densas à mamografia cursaram com maior risco de câncer de mama invasivo, independentemente da idade, e esses achados sugerem que a decisão de interrupção de rastreamento do câncer de mama deveria levar em consideração outros fatores além da idade.


A densidade mamária e a expectativa de vida devem ser consideradas em conjunto ao se discutir os potenciais riscos e benefícios da manutenção do rastreamento mamográfico para pessoas idosas. A personalização de tratamento em pacientes idosos com diagnóstico de câncer proporcionou melhores desfechos nessa população, que foi tratada de acordo com suas condições clínicas, avaliadas por escalas geriátricas, e já é tempo de incorporá-las também na decisão de rastreamento de tumores.

Referências

1. Advani SM, Zhu W, Demb J, Sprague BL, Onega T, Henderson LM, Buist DSM, Zhang D, Schousboe JT, Walter LC, Kerlikowske K, Miglioretti DL, Braithwaite D; Breast Cancer Surveillance Consortium. Association of Breast Density With Breast Cancer Risk Among Women Aged 65 Years or Older by Age Group and Body Mass Index. JAMA Netw Open. 2021 Aug 2;4(8):e2122810. doi: 10.1001/jamanetworkopen.2021.22810. PMID: 34436608; PMCID: PMC8391100.

Dra. Solange Sanches

Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center

O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que sejam submetidas à mamografia mulheres entre os 50 e 69 anos.


Assistimos a um aumento na expectativa de vida da população, que pode se manter muito ativa, apesar da idade. Sociedades como a Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) orientam que se leve em consideração a expectativa de vida da mulher para a manutenção dos exames de rastreamento ao invés do corte fixo na idade biológica. Assim, mulheres com expectativa de vida maior que 10 anos deveriam manter seus exames de rastreamento, independentemente da idade cronológica.


O estudo a ser comentado analisou a associação entre a densidade mamária e o risco de câncer invasivo em mulheres com idade superior a 65 anos, visto que essa associação já foi realizada em mulheres entre os 45 e 65 anos. Foram analisadas 221.714 mamografias de 193.787 pacientes divididas em grupos de 65-74 anos e maiores de 75 anos.


A incidência cumulativa de câncer de mama invasivo em cinco anos aumentou de acordo com a densidade mamária nas mulheres entre 65-74 anos, indo de 11,3/ 1000 mulheres para as com substituição adiposa completa até 23,7/ 1000 mulheres nas de mamas extremamente densas. Nas mulheres com mais de 75 anos, as taxas foram de 13,5/1000 mulheres naquelas com substituição adiposa completa, com aumento gradativo, chegando a 22,5/1000 mulheres nas de densidade extremamente alta ou heterogeneamente densas.


Mulheres com mamas extremamente ou heterogeneamente densas à mamografia cursaram com maior risco de câncer de mama invasivo, independentemente da idade, e esses achados sugerem que a decisão de interrupção de rastreamento do câncer de mama deveria levar em consideração outros fatores além da idade.


A densidade mamária e a expectativa de vida devem ser consideradas em conjunto ao se discutir os potenciais riscos e benefícios da manutenção do rastreamento mamográfico para pessoas idosas. A personalização de tratamento em pacientes idosos com diagnóstico de câncer proporcionou melhores desfechos nessa população, que foi tratada de acordo com suas condições clínicas, avaliadas por escalas geriátricas, e já é tempo de incorporá-las também na decisão de rastreamento de tumores.

Referências

1. Advani SM, Zhu W, Demb J, Sprague BL, Onega T, Henderson LM, Buist DSM, Zhang D, Schousboe JT, Walter LC, Kerlikowske K, Miglioretti DL, Braithwaite D; Breast Cancer Surveillance Consortium. Association of Breast Density With Breast Cancer Risk Among Women Aged 65 Years or Older by Age Group and Body Mass Index. JAMA Netw Open. 2021 Aug 2;4(8):e2122810. doi: 10.1001/jamanetworkopen.2021.22810. PMID: 34436608; PMCID: PMC8391100.

Dra. Solange Sanches

Oncologista Clínica do A.C. Camargo Center

O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que sejam submetidas à mamografia mulheres entre os 50 e 69 anos.


Assistimos a um aumento na expectativa de vida da população, que pode se manter muito ativa, apesar da idade. Sociedades como a Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) orientam que se leve em consideração a expectativa de vida da mulher para a manutenção dos exames de rastreamento ao invés do corte fixo na idade biológica. Assim, mulheres com expectativa de vida maior que 10 anos deveriam manter seus exames de rastreamento, independentemente da idade cronológica.


O estudo a ser comentado analisou a associação entre a densidade mamária e o risco de câncer invasivo em mulheres com idade superior a 65 anos, visto que essa associação já foi realizada em mulheres entre os 45 e 65 anos. Foram analisadas 221.714 mamografias de 193.787 pacientes divididas em grupos de 65-74 anos e maiores de 75 anos.


A incidência cumulativa de câncer de mama invasivo em cinco anos aumentou de acordo com a densidade mamária nas mulheres entre 65-74 anos, indo de 11,3/ 1000 mulheres para as com substituição adiposa completa até 23,7/ 1000 mulheres nas de mamas extremamente densas. Nas mulheres com mais de 75 anos, as taxas foram de 13,5/1000 mulheres naquelas com substituição adiposa completa, com aumento gradativo, chegando a 22,5/1000 mulheres nas de densidade extremamente alta ou heterogeneamente densas.


Mulheres com mamas extremamente ou heterogeneamente densas à mamografia cursaram com maior risco de câncer de mama invasivo, independentemente da idade, e esses achados sugerem que a decisão de interrupção de rastreamento do câncer de mama deveria levar em consideração outros fatores além da idade.


A densidade mamária e a expectativa de vida devem ser consideradas em conjunto ao se discutir os potenciais riscos e benefícios da manutenção do rastreamento mamográfico para pessoas idosas. A personalização de tratamento em pacientes idosos com diagnóstico de câncer proporcionou melhores desfechos nessa população, que foi tratada de acordo com suas condições clínicas, avaliadas por escalas geriátricas, e já é tempo de incorporá-las também na decisão de rastreamento de tumores.

Referências

1. Advani SM, Zhu W, Demb J, Sprague BL, Onega T, Henderson LM, Buist DSM, Zhang D, Schousboe JT, Walter LC, Kerlikowske K, Miglioretti DL, Braithwaite D; Breast Cancer Surveillance Consortium. Association of Breast Density With Breast Cancer Risk Among Women Aged 65 Years or Older by Age Group and Body Mass Index. JAMA Netw Open. 2021 Aug 2;4(8):e2122810. doi: 10.1001/jamanetworkopen.2021.22810. PMID: 34436608; PMCID: PMC8391100.

Dra. Solange Sanches

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O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que sejam submetidas à mamografia mulheres entre os 50 e 69 anos.


Assistimos a um aumento na expectativa de vida da população, que pode se manter muito ativa, apesar da idade. Sociedades como a Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) orientam que se leve em consideração a expectativa de vida da mulher para a manutenção dos exames de rastreamento ao invés do corte fixo na idade biológica. Assim, mulheres com expectativa de vida maior que 10 anos deveriam manter seus exames de rastreamento, independentemente da idade cronológica.


O estudo a ser comentado analisou a associação entre a densidade mamária e o risco de câncer invasivo em mulheres com idade superior a 65 anos, visto que essa associação já foi realizada em mulheres entre os 45 e 65 anos. Foram analisadas 221.714 mamografias de 193.787 pacientes divididas em grupos de 65-74 anos e maiores de 75 anos.


A incidência cumulativa de câncer de mama invasivo em cinco anos aumentou de acordo com a densidade mamária nas mulheres entre 65-74 anos, indo de 11,3/ 1000 mulheres para as com substituição adiposa completa até 23,7/ 1000 mulheres nas de mamas extremamente densas. Nas mulheres com mais de 75 anos, as taxas foram de 13,5/1000 mulheres naquelas com substituição adiposa completa, com aumento gradativo, chegando a 22,5/1000 mulheres nas de densidade extremamente alta ou heterogeneamente densas.


Mulheres com mamas extremamente ou heterogeneamente densas à mamografia cursaram com maior risco de câncer de mama invasivo, independentemente da idade, e esses achados sugerem que a decisão de interrupção de rastreamento do câncer de mama deveria levar em consideração outros fatores além da idade.


A densidade mamária e a expectativa de vida devem ser consideradas em conjunto ao se discutir os potenciais riscos e benefícios da manutenção do rastreamento mamográfico para pessoas idosas. A personalização de tratamento em pacientes idosos com diagnóstico de câncer proporcionou melhores desfechos nessa população, que foi tratada de acordo com suas condições clínicas, avaliadas por escalas geriátricas, e já é tempo de incorporá-las também na decisão de rastreamento de tumores.

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A Bionovis é pioneira na produção e comercialização de medicamentos biológicos e biossimilares.

Nossa busca por inovações científicas e medicamentos de alta complexidade visa construir um Brasil e um mundo mais saudável para todos.

© 2024 Bionovis. Companhia Brasileira de Biotecnologia Farmacêutica.

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